quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A FLOR, A ABELHA E O MEL
Esopo conta mais ou menos assim a fábula sobre o hidromel, bebida dos deuses: Zeus desceu do Olimpo e mandou à flor - produze-me néctar para libação dos meus convivas e eu te darei o mais lindo colorido para tuas pétalas com todas as faixas da luz; para isto Afrodite pedirá a Hermes que faça a bebida dos deuses com teu néctar que a abelha virá buscar e lhe ofertará em tabuleiros doirados. Conclui o fabulista que dessa divina intervenção surgiu o mel. E Mercúrio, deus do saber levou aos palácios de Zeus o Hidromel. Porém Esopo deve ter tido acesso aos arquivos sumerianos onde dormia há milênios alguma explicação sobre os mistérios da abelha, da flor e do mel que ali ainda dormem, apesar de tantas tentativas para explicar como se fez o Mel. A ciência descreve as mil incríveis "coincidências" que se reunem desde a luz pela fotossíntese produzindo o néctar das flores com a operação que as abelhas fazem ao transportar o pólen de flor em flor, multiplicando as sementes e a vida. Tenta ainda a ciência decifrar o programa de altas matemáticas que o computador da abelha executa para definir o ângulo da inclinação dos hexágonos do favo, impecavelmente construido em mais de 50 milhões de primaveras. Perde enfim a razão se quiser entender e explicar a própria abelha, seu DNA imutável desde que existe no mundo, sua geléia real, sua memória eterna gravada no mistério do enxame... E jamais saberá fazer nas suas quimiofarmacovenenosas beberagens com mãos humanas algo que se assemelhe ao divino conteúdo do mel! Boquiabertos exclamaremos com os poetas romanos: Nec plus ultra! Theos dixit! Dictus est! Atque postquam aeternitas finita!(Nada superior! Deus falou! Está falado! Até depois do fim da eternidade!)
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