sábado, 30 de maio de 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Prainha do Canto verde


A pousada
O quarto
Uma praia deserta longe daqui


eu e ele


Scars on Broadway- They Say (Live)

Tears Of The Dragon (Bruce Dickinson)



Lágrimas do Dragão

Por muito tempo [até] agora
Haviam segredos em minha mente
Por muito tempo [até] agora
Haviam coisas que eu deveria ter dito

Na escuridão
Eu estava cambaleando até a porta
Para encontrar uma razão
Para achar o tempo, o lugar, a hora

Esperando pelo sol de inverno
E pela fria luz do dia
Os nebulosos fantasmas dos medos da infância
A pressão está se formando e eu não consigo me afastar

Me jogo para dentro do mar
Libero a onda, deixo ela me lavar
Para encarar o medo, cheguei a acreditar
[que] as lágrimas do dragão, [eram] para mim e para você

Onde eu estava
Eu tinha asas que não conseguiam voar
Onde eu estava
Eu tinha lágrimas que não podiam chorar

Minhas emoções
Congeladas num lago congelado
Eu não conseguia senti-las
Até que o gelo começou a se quebrar

Eu não tenho poder sobre isso
Você sabe que eu estou com medo
As paredes que construí estão caindo em pedaços
A água está se movendo, estou sendo levado para longe

Lentamente eu acordo
Lentamente me levanto
As paredes que construí estão caindo em pedaços
A água está se movendo, estou sendo levado para longe

Yellowcard - Ocean Avenue (Live Acoustic)

sábado, 23 de maio de 2009

Busca Implacável (Taken, 2008).





Se cada filme tem sua frase que o sintetize, a de Taken seria aquela dita pelo pai antes de sair em busca de sua filha seqüestrada por traficantes sexuais: I don't know who you are. I don't know what you want. If you are looking for ransom, I can tell you I don't have money. But what I do have are a very particular set of skills; skills I have acquired over a very long career. Skills that make me a nightmare for people like you. If you let my daughter go now, that'll be the end of it. I will not look for you, I will not pursue you. But if you don't, I will look for you, I will find you, and I will kill you.Sinceramente não esperava um filme tão bom. Um filme com uma história simples e atual, mas bem construída e elaborada cujo excelente desempenho de Liam Neeson ajuda a valorizar.esse filme é muito bom! recomendo!


sexta-feira, 22 de maio de 2009

As brumas de Avalon



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A lenda do rei Arthur e dos cavaleiros da Távola Redonda é contada sob uma nova visão em As Brumas de Avalon, filme adaptado do best seller homônimo de Marion Zimmer Bradley que causou estrondo ao ser lançado, na década de 80, por tratar de ocultismo e abordar a bruxaria.

O cenário permitiu imagens estonteantes. O local escolhido para as filmagens foi Praga. O pano de fundo visual caracteriza fielmente a época da história com formações rochosas, primitivas e antigas características da Europa.
Ao contrário de outros filmes que inseriram a apaixonante história do rei Arthur no século 13, o filme acontece entre os anos 600 e 700 D.C.., durante a chamada idade das trevas, logo após os romanos deixarem a Grã Bretanha. Cristãos e pagãos vivem em conflitos. Fé e espiritualidade colidem.

Avalon é uma ilha mágica, vista somente por mulheres que possuem a visão para enxergá-la. De lá, surgem feiticeiras poderosas capazes de mudar o destino de qualquer pessoa. Tudo sob as bênçãos da Grande Deusa, entidade idolatrada pelas iniciadas em bruxaria. A história cavalga entre mágicas de amor, encontros, desencontros, paixões, sofrimentos, traição, casais predestinados, pecado, luxúria e amores proibidos.

Huston é Viviane, a grã sacerdotisa. tia de Arthur e Dama do Lago, que dedica toda a sua atenção à natureza e venera o lado mágico da vida. Seus poderes supremos aliados ao do Mago Merlim ajudarão Arthur a firmar se no trono. Mas sua oferenda à Grande Deusa já foi feita. Arthur é coroado o grande rei da Bretanha. Magules é Morgaine, meia irmã do rei, a futura sucessora da linhagem mágica.

A Grande Deusa, invocada pelas rezas de Viviane, faz com que Arthur e sua irmã, Morgaine, participem de um ritual mágico de acasalamento, no qual ambos permanecem com os rostos cobertos. Sem saber quem é sua parceira, o rei se apaixona pela irmã. O fruto desse amor, Mordred, pode servir aos propósitos da Grande Deusa: um homem com sangue mágico, capaz de governar Avalon.

Com o transcorrer do tempo, o reino terá que lidar com diversas armadilhas, maldições e falsidades vindas da invejosa e vingativa irmã de Viviane, Morgause (interpretada por Joan Allen). Ela será a responsável pelas tragédias ocorridas com Morgaine, a família real, Avalon e a Inglaterra.

Suas atitudes e seu obstinado desejo de colocar um homem de seu sangue no trono deturpam a personalidade do então doce Mordred. Longe da mãe, ele se transforma num monstro impiedoso capaz de cometer terríveis barbáries. Até seu pai vira alvo.

Paralelamente à trama, há o choque entre duas diferentes religiões: o misticismo da antiga cultura inglesa e a luta incessante para vencer o catolicismo que, aos poucos, é implantado na ilha pelos romanos. A força das mulheres de Avalon é poderosa, capaz de perpetuar os antigos ritos por meio de sua paixão e determinação à Grande Deusa.
As narrativas que envolvem a magia e o misticismo, freqüentes na Idade Média, estão em alta. O filme O Senhor dos Anéis A Sociedade do Anel aborda o mesmo tema num mundo sugestivamente chamado de Terra média: a luta do bem contra o mal para firmar se no poder. Tudo, é claro, regado a poderes sobrenaturais. muito bom, pra quem me conhece é bem minha cara esse filme hehehe

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Déjà vu: o bug cerebral

 Deja Vu Paramnesia Emile Boirac Fabrice Bartolomei Leeds Memory Group Alan Brown

Dura somente umas fracções de segundo, traduz-se por uma estranha impressão de já ter vivenciado a cena presente e mesmo saber o que se vai passar em seguida, ainda que a situação que esteja a ser vivida seja inédita. O déjà vu, ou paramnesia como também é conhecido, tem sido ao longo dos anos objecto das mais díspares tentativas de interpretação, mas para nós, comuns mortais, continua a ser um quebra-cabeças inexplicável.




Émile Boirac, filósofo, cientista e esperantista francês, profundamente interessado em pesquisas na área da parapsicologia, deu o nome, em 1876, a este fenómeno curioso que durante anos foi considerado como sendo uma reminiscência de vidas passadas, prova segundo alguns, da existência de reencarnação.

Sigmund Freud dava-lhe outra explicação: as cenas familiares seriam visualizadas nos sonhos e depois esquecidas e, segundo ele, eram resultado de desejos reprimidos ou de memórias relacionadas com experiências traumáticas. Outra das explicações propostas fazia depender o fenómeno de uma similitude entre elementos da cena vivenciada e elementos de outras passadas mediada por um fenómeno emocional.

Ao longo dos tempos a vastíssima Ciência Médica foi avançando diversos cenários para o fenómeno e hoje os progressos nas Neurociências fazem emergir várias hipóteses: uma decalage no encaminhamento das percepções por diferentes vias nervosas que leva a que a informação retardada não seja considerada pelo cérebro como “nova”, é uma delas.

A forma como o cérebro memoriza uma informação, colocando-a directamente na memória a longo prazo sem passar primeiro pela memória a curto prazo, podendo fazê-la parecer uma recordação longínqua em vez de uma informação do presente, é outra das teorias propostas para o fenómeno.

Fabrice Bartolomei, Neurologista francês, vem agora propor uma explicação diferente que começa a tornar-se consensual nos meios científicos: o “déjà vu” será resultado de uma fugaz disfunção da zona do cortex entorrinal, situado por baixo do hipocampo e que se sabia já implicada em situações de “déjà vu” comuns em doentes padecendo de epilepsia temporal.

 Deja Vu Paramnesia Emile Boirac Fabrice Bartolomei Leeds Memory Group Alan Brown

Experiências de estimulação do córtex entorrinal com recurso a eléctrodos demonstram que as pessoas submetidas a esta estimulação sofrem sensações de familiaridade com tudo o que os rodeia em 11% dos casos, contra 2% nas pessoas em que somente as zonas vizinhas do córtex entorrinal são estimuladas. Testes realizados com macacos, evidenciando a activação do córtex entorrinal em situações de descoberta de um novo elemento num conjunto, parecem também apoiar a teoria da existência desse “bug” cerebral.

 Deja Vu Paramnesia Emile Boirac Fabrice Bartolomei Leeds Memory Group Alan Brown

Experiências conduzidas por investigadores do Leeds Memory Group permitiram recriar em laboratório e com recurso à hipnose sensações de "déjà vu", no que parece constituir uma nova base de trabalho para o esclarecimento do fenómeno que mereceu de Alan S. Brown, reputado investigador e autor de pesquisas nesta área da Southern Methodist University, comentários muito positivos.

Outros dados apontam para que situações de stress ou fadiga possam favorecer, neste contexto disfuncional, o aparecimento do fenómeno, mas a causa precisa deste “curto-circuito” cerebral permanece ainda desconhecida. Até lá, até que as Neurociências venham fazer definitivamente luz sobre o assunto, vamos gerindo com uma pontinha de estupefacção e de incredulidade os nossos “Esta cena parece-me familiar. Mas onde raio é que eu já vi isto?

















quarta-feira, 20 de maio de 2009

Déjà Vu (2006)


Filme inteligente para pessoas inteligentes! Filmaço! É aquele filme que faz você tentar montar os "quebra-cabeças" na sua cabeça! Recomendo.Denzel foi perfeito para esse filme!

A JANELA SECRETA

"Algumas janelas não deveriam nunca ser abertas"






A Direção é de David Koepp mas a história é dele Stephen King. o cara tem uma imaginação incrível, confesso que algumas são hilariantes com o filme "O APANHADOR DE SONHOS"nossa que filme rídículo rsrs Prefiro o livro! mais essa é perfeita! tiro meu chapeú pra ele! um dos melhores filmes que eu já vi.. e pra completar o protagonista é só o Johnny Depp que entra na minha lista de melhores atores!

"The only thing that matters is the ending. It's the most important part of the story. And this one is very good. This one is perfect.”

"A unica coisa que importa é o final. É a parte mais importante da historia. E este é muito bom. Este é perfeito."

que frase perfeita pra um final... Acho que vou ver esse filme de novo! hehehe

Every Breath You Take (the police)




A Cada Suspiro Seu

A cada suspiro seu
A cada movimento que você fizer
A cada ligação que você quebrar
A cada passo que você der
Eu estarei te observando

A cada dia a dia
A cada palavra que você falar
A cada jogo que você brincar
A cada noite que você ficar
Eu estarei te observando

Ah, você não vê
Que você pertence a mim?
Meu pobre coração dói
A cada passo seu

A cada movimento que você fizer
A cada promessa que você não cumprir
A cada sorriso que você fingir
A cada direito que você fizer valer
Eu estarei te observando

Desde que você se foi fiquei perdido, sem rastros
Sonho de noite e só consigo ver o seu rosto
Olho ao redor mas você é insubstituível
Sinto-me frio e almejo seu abraço
Fico aqui implorando, baby, baby, por favor

Ah, você não vê
Que você pertence a mim?
Meu pobre coração dói
A cada passo seu

A cada movimento que você fizer
A cada promessa que você não cumprir
A cada sorriso que você fingir
A cada direito que você fizer valer
Eu estarei te observando

A cada suspiro seu
A cada movimento seu
Eu estarei te observando
Eu estarei te observando

sábado, 16 de maio de 2009

The Brothers Grimm/Os Irmãos Grimm (2005)



grimm



Wilhelm (Matt Damon) e Jacob (Heath Ledger) são dois irmãos famosos pelos seus contos de fada, recheados de personagens mágicos. Eles percorrem a Europa comandada por Napoleão Bonaparte enfrentando monstros e demônios falsos em troca de dinheiro rápido. Porém, quando as autoridades francesas descobrem o plano deles, os coloca para enfrentar uma maldição real em uma floresta encantada, na qual jovens donzelas desaparecem misteriosamente.

P.s Adorei esse filme! muito bommmmmmm!


quarta-feira, 13 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Um Sonho de Liberdade (1994)


Do mesmo diretor Frank Darabont (À Espera de um Milagre) ai já viu né... o drama! que conta a história de um banqueiro condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua mulher, que faz da amizade com um prisioneiro veterano e o sonho de um dia ser novamente livre os motivos para continuar vivendo.Atores: os melhores Tim Robbins e Morgan Freeman. Recebeu 7 indicações ao Oscar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um Conto de Samhain




Lyla sentou-se no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua cheia na água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo as crianças chegaram, e sentaram ao seu redor, interrompendo seus pensamentos. Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.

Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se sacrifica todos os anos para garantir força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão prontos?' As crianças acalmaram-se para ouvir Lyla. 'Não foi a muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar. Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo. Aquela era a

época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam a inverno tão rigoroso.

O Sol baixou, baixou, até que só se via uma fina linha de separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelhado, com um ar mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se, agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre.

Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E mais nada, além do som doce da flauta. Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho, estava a fonte de tal encantamento. Sentado numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de cavalo e grandes chifres pontiagudos.

Observava a donzela que dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura.Os fios sedosos acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite.

Os dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais sejuntavam ao redor da clareira. Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse.

Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e da Donzela desapareçam... meras lembranças. A Deusa agora recolhia-se grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta para dar à luz dentro de tão pouco tempo. Era necessário que o Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago, para observar seu reflexo.

Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande energia... energia necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver... a Terra precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia. Um grito ecoou em sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para os céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando Ele ergueu suas mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e Ele desapareceu.

Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo.Também com uma explosão, o cornudo surge no centro do círculo, um olhar decidido em seu rosto.

O Velho Cornudo tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele alevantou apontada para seu peito os tambores cessaram. Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez silencioso... aqueles segundos duraram milênios

... O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram a tocar.

Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor... apenas o som do sangue derramando-se sobre a terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos recolhessem o sangue.

Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o Deus deitou e virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar sobre a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo, e regando o círculo sagrado em que repousaria para sempre.

E do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, murmurado e pausado ... talvez fossem as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de seu Deus.

"Hoof and Horn, Hoof and Horn

All that Dies Shall be Reborn.

Corn and Grain, Corn and Grain

All that Falls Shall Rise Again."

O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando ao útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer...

Os espíritos, então, romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam por sobre a Terra, espalhando o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam.' Lyla limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam atentas.

'É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão escura...

Eles trazem consigo um pouco do sangue do Deus Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar durante todo o período escuro do ano. Devemos, portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a

semente do renascimento não seria espalhada.

Agora vão para a Casa Grande, vamos começar o ritual.'

Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa Grande. Parou no meio do caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os sons do além. E de algum lugar chegou aos ouvidos de Lyla um cântico...
'Hoof and Horn, Hoof and Horn...


E Lyla caminhou para a Casa Grande.

domingo, 10 de maio de 2009

Niver Naldin e Igor














Adeus, apenas



"...Naquela noite

meu coração se encheu

com a pior vontade de viver.

Mesmo assim a vida me arrepiava

como um frio de inverno úmido...

Ao meu redor, apenas paisagens

da natureza silenciosa,

lenta, insistente...

E na hora de romper as correntes,

entre a indecisão de partir ou ficar,

a piedade na balança

era tão crua como um amor ruim...

Eu não tinha ao menos um pedaço de ternura

chorando pela morte anunciada

daquele adeus...

Antes de ir definitivamente,

como se apagasse uma vela,

soprei a pequena flama

dos dias que ficariam para trás..."

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Meu amor...



Ao Amor Antigo
de Carlos Drummond de Andrade


O amor antigo vive de si mesmo,
Não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
Mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
Feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
E por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
Aquilo que foi grande e deslumbrante,
O antigo amor, porém, nunca fenece
E a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
E resplandece no seu canto obscuro,
Tanto mais velho quanto mais amor.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

a ultima gota



Tão pequenina, oh! menina.
Quem a vê não imagina
seu poder, sua força,
seu carisma, sua sina.

Se a vê cair,
num oceano, num mar,
se a vir sumir,
nem se coloca a pensar.
Pra quê pensar?

Se cai na rua e rola
ninguém percebe nem chora...
GOTA, que o calor evapora.

Tal gota, tal chama,
tal como faísca que inflama,
mas basta a GOTA
para apagar o fogo que
começa a queimar.

Nem pense que a GOTA é
pobre, que não tem vida, só
morte, pois quando a vida está
indo, a GOTA é sorte que vem
vindo.

GOTA que cai de mansinho,
com sua força se solta,
mergulha no rio a caminho,
trazendo a vida de volta.

GOTA que cai.
Visão que se vai.
Qual imaginação.
Poder...

Somos todos GOTAS,
na imensidão do Universo.
Somos todos poder,
na imensidão deste verso.


Nunca subestime a força de um sorriso...
o poder de uma palavra...
de um ouvido para ouvir... um honesto elogio...
o envio de um e-mail...
ou até o menor ato de carinho!